terça-feira, 1 de outubro de 2013

Jobs, Apple e Empreendedorismo

No dia 5 de outubro completam-se dois anos da morte de Steve Jobs. Nesse período pós-Jobs fica evidente que ele ainda está presente no DNA da empresa que ajudou a fundar com Steve Wozniak em 1976. Seu legado está longe de ser esquecido, não só na indústria da informática, como principalmente na cultura organizacional da Apple. Jobs sempre foi de ideias extravagantes, certos abusos com alguns funcionários na busca de resultados, mas sempre (ou quase sempre) com inegável sucesso em suas decisões como líder de equipe. Após sua morte, Tim Cook assumiu a empresa da maçã, num momento de certa crise criativa da equipe de designers. Imprimiu uma administração mais metódica, porém não menos vencedora (pelo menos nos resultados). As vendas do iPhone e iPad disparam no mundo trazendo uma certeza, todo marketing em torno da companhia ainda rende bons frutos (e em forma de maçãs). Uma boa parte do resultado deve-se a cultura que Jobs implantou. Ela vai além dos muros de Cupertino e de funcionários de outras filiais espalhadas pelo mundo, ela foi inserida principalmente  nos seus milhões de consumidores, fiéis defensores da marca. Orgulham-se de ter um símbolo no fundo do seu celular ou computador (ou seria Iphone e Macintosh?). Pois é, tudo é milimetricamente feito para eles se sentirem num universo só deles.
apple222
Steve Jobs ao lado de Steve Wozniak testando o que seria o Apple II
Jobs sempre buscou levar a empresa a um patamar acima das demais no que se refere a qualidade dos materiais de acabamento e sobretudo no design. Focou em fazer o sistema operacional integrado ao hardware, abraçando quase todas as etapas do processo. Essa escolha lhe rendeu aparelhos até hoje mais fluidos, porém, essa direção de "isolamento", de ser algo fechado à outras organizações do universo da tecnologia foi também o ponto fraco que possibilitou o surgimento de rivais como a Microsoft, que licenciou apenas o software, o DOS e, posteriormente o Windows, e vendeu-o para diversas empresas como IBM, Compaq, Dell, cobrando pela unidade vendida, e obtendo a maior fatia do mercado de PCs. Mais recentemente, a história se repete com a Google, que disponibiliza  o código-fonte do Android para os desenvolvedores de companhias de tablets e smartphones e consegue colocar no mercado aparelhos bem mais em conta. Jobs, visionário que era com certeza já sabia que esse seria um preço a pagar, mas focou nos pontos positivos de suas escolhas.
Por tudo isso, pela sua liderança e empreendedorismo,  nasceu um ícone. De representante da contra-cultura, fez uma revolução cultural a partir de suas ideias e inovações e sempre será a personificação da Apple. Sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário